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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quer o Android mais recente? Melhor esperar sentado

O Android é a plataforma líder para smartphones com um conjunto diversificado de aparelhos disponíveis em muitas fabricantes e operadoras. No entanto, por mais capaz que o sistema da Google seja, sua diversidade acaba sendo um de seus maiores pontos negativos. 
A Google recentemente anunciou o próximo grande lançamento do Android: a versão 4.0, também conhecida como Ice Cream Sandwich (ICS). A mais recente versão combina recursos e capacidades do Android 2.3 (Gingerbread), para smartphones, e do Android 3.0 (Honeycomb), para tablets, em um sistema que serve aos dois tipos de aparelhos ao mesmo tempo.

O Android 4.0 estará disponível em breve no smartphone carro-chefe Galaxy Nexus, da Samsung. Mas se você não correr para comprar esse aparelho, será um jogo de adivinhação saber quando poderá receber uma atualização do ICS para o seu Android (smartphone ou tablet)...isso se você chegar a recebê-la. Esse é o problema.

O mais recente Android da Motorola – o Droid Razr – iniciou sua pré-venda nos EUA na quarta (26). Eles chegarão aos compradores na primeira metade de novembro. Quando os usuários receberem esse aparelho de última geração, já estará obsoleto, por rodar a versão 2.3.5 – uma variação do Gingerbread. A Motorola promete que o Razr será atualizado para o ICS na primeira metade de 2012. Mas quando?

Enquanto isso, os donos do Google Nexus One estão sem sorte. A gigante já anunciou que o hardware do Nexus é “muito velho” e que o aparelho não terá a versão 4.0.

Problema geral

É um problema que afeta todos os aparelhos. Uma tabela feita pelo Understatement.com ilustra os smartphones já lançados nos EUA, e o quão longe eles estão em relação à versão atual do sistema.

Compare o histórico de atualizações do Android com o iOS. O iPhone 3GS foi inicialmente lançado em junho de 2009. Isso foi há mais de dois anos, mas quando o iOS 5 saiu, há alguns dias, ele estava imediatamente disponível para download no 3GS, assim como no iPhone 4, lançado em junho de 2010. Enquanto o Gingerbread levou mais de seis meses para chegar a um segmento significativo de Androids, a Apple atinge uma média de mais de 90% de penetração nos primeiros dias das atualizações do iOS.

Tenho um tablet Motorola Xoom rodando o Honeycomb (versão 3.2.1 para ser exato). O Xoom é um dos símbolos do que os tablets Android devem ser capazes de fazer. Quando o ICS for lançado, eu esperaria poder baixá-lo imediatamente. Mas vou esperar sentado. 

A verdade é que terei sorte em receber o 4.0 no meu Xoom em até seis meses após seu lançamento. Enquanto isso, meu iPad 1 (de abril de 2010) e meu iPad 2 estão felizes da vida rodando o iOS 5.

Ao responder a pergunta sobre porque os Android demoram tanto para receber updates, ou nem chegam a isso, o site Understatement.com explica que “obviamente uma grande parte do problema é que o Android precisa ir da Google para as fabricantes de telefones, operadoras e só então para os aparelhos, enquanto que o iOS segue diretamente da Apple para os dispositivos.”

As fabricantes geralmente alegam – como a Google fez com o Nexus One – que o hardware mais antigo simplesmente não consegue acompanhar a versão mais nova. Mas o post do Understatement.com afirma que a comunidade hacker geralmente porta as versões recentes para esses aparelhos sem problemas. Por isso, esse argumento parece ser inválido em pelo menos alguns casos.

Não há como negar que o hardware acaba ficando obsoleto, e que alguns aparelhos mais antigos realmente não possuem o poder de processamento e as capacidades exigidas pelas versões mais novas do Android. Do lado da Apple também existem os que não são mais suportados. Mas é que foram lançados há cerca de três anos – não são vendidos como sendo de última tecnologia e carros-chefe das empresas há apenas alguns meses.

A Google, as fabricantes e as operadoras precisam trabalhar juntas para implementar um sistema mais direto e liberar os updates de forma mais rápida. E, acima de tudo, para criar um ambiente mais previsível, em que os usuários possam ter certeza de que o smartphone ou tablet de última geração no qual acabaram de gastar uma nota não ficará obsoleto por seis meses ou mais enquanto aguarda receber o Android mais novo...exatamente o tempo para chegar um update do OS que os deixará dois passos atrás de todo mundo.

Fonte: IDG NOW!