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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Reflexão

Fiquei muito chateada com o resultado do Diego Hipólito nas Oimpíadas de Pequim. Que pena, ele parecia tão certo da vitória. E nós também, a certeza dele nos contagiou. Todo mundo estava fazendo as contas de medalhas, já contando com a dele, no mínimo de prata... Pois é, ele falhou. E a culpa é só dele, de mais ninguém. Falaram que depois do acontecido ele ficou catatônico, consternado. O técnico disse que quando ele repetiu a mesma frase “o que aconteceu” pela décima quinta vez, deixou-o sozinho, pois o “momento era só dele”. Tipo assim: o erro foi dele, o que aconteceu foi isto.
Não posso deixar de fazer uma analogia da situação com as nossas provas de fogo, na vida pessoal e na profissão. Ele se preparou muito bem, fez seu marketing pessoal, estava pronto. Nas eliminatórias conseguiu bons resultados tornando-se o franco favorito à medalha de ouro. Estava muito confiante nas entrevistas, demonstrando até um certo desprezo pelos concorrentes. Será que o excesso de confiança atrapalhou-o ao cuidar dos detalhes? Durante a prova, ele sorriu duas vezes, demonstrando estar satisfeito com sua apresentação. E, no fechamento, no último salto, o que aconteceu? Ele caiu. Será que perdeu a concentração, maravilhado com a sensação da vitória?
Conosco pode acontecer a mesma coisa. Inebriados com a sensação da conquista de um novo cliente, um emprego melhor ou um excelente contrato, podemos nos esquecer que a comemoração vem depois da assinatura dos papéis. Temos que cuidar de tudo com discrição, sem alarde, vendo e revendo as coisas com a maior concentração. O momento de ir prá galera é depois do aperto de mão. Aí sim, pode chorar, gritar, contar pros amigos, e deixar os adversários se roerem...
Mas tudo com uma certa medida de bom senso. Lembrem-se do Cielo. Ao ganhar o bronze, ele disse aos repórteres que ia ganhar o ouro nos 50 metros. E ganhou. Determinação é muito importante. E competência também.